terça-feira, 26 de junho de 2012

Capoeira

Capoeira



A capoeira é ao mesmo tempo uma luta e uma arte. Mas você sabia que durante muito tempo a capoeira foi proibida no Brasil? Quem vê crianças pequenas jogando capoeira nas escolas ou rodas de capoeira com a apresentação de grandes mestres nem pode imaginar que essa conhecida forma de expressão das raízes negras era mal-vista e considerada perigosa.

Para jogar capoeira precisamos de um ritmo, ditado pelo atabaque, pelo berimbau e pelo agogô. Essa música é bem característica. Dois parceiros, de acordo com o toque do berimbau, executam movimentos de ataque, defesa e esquiva. Eles simulam uma luta. Para jogar capoeira é preciso habilidade e força, além de integração e respeito entre os parceiros.

O gingado é a base da capoeira. É um movimento ritmado que mantém o corpo relaxado e o centro de gravidade em constante deslocamento. A partir do gingado surgem os outros movimentos de ataque ou contra-ataque. Os jogadores nunca estão parados e isso torna a capoeira muito bonita de se ver.

História da capoeira

A origem da capoeira data da época da escravidão no Brasil. Muitos negros foram trazidos da África para o Brasil para trabalhar nos engenhos de cana-de-açúcar, nas fazendas de café, nas roças ou nas casas dos senhores. A capoeira era uma forma de luta e de resistência.

Porém, para não despertarem suspeitas, os escravos adaptaram os movimentos da luta aos cantos da África, fazendo tudo parecer uma dança. A capoeira foi ficando do jeitinho que ela é hoje, gingada.

No início do século 19, no Rio de Janeiro, bandidos e malfeitores eram chamdados de capoeiras, como registrou o escritor Manuel Antônio de Almeida, em "Memórias de um Sargento de Milícias". Em 1888, a escravidão foi oficialmente abolida no Brasil. Muitos negros libertos não tinham como sobreviver e acabaram na marginalidade. Em Salvador, chegaram a organizar gangues e provocar rebeliões. Durante muito tempo a capoeira foi proibida.

Na década de 1930 a capoeira já tinha adquirido um novo status em nossa sociedade. O próprio presidente Getúlio Vargas convidou um grupo de capoeira para se apresentar oficialmente no Palácio do Catete. A capoeira foi liberada. Professores de capoeira da Bahia se tornaram famosos, como os mestres Bimba, Pastinha e Gato, imortalizados nos romances de Jorge Amado.

Hoje em dia há muitas formas de jogar capoeira, e a mais tradicional preserva as raízes africanas, como a capoeira angola na Bahia.

quarta-feira, 20 de junho de 2012




 
            Mestre Caiçara - Antônio Carlos Moraes
Uma das lendas da Capoeira; sua história mais parece tirada de livros de ficção. Numa época em que o Pelourinho não tinha o glamour de hoje, Mestre Caiçara ditava as regras num território de prostitutas e cafetões; de traficantes e malandros. Todos tinham que pedir a sua benção.Gravou um dos principais discos da Capoeira Angola onde exemplifica os diversos toques de berimbau, além de cantar ladainhas e sambas de roda. Faleceu em 26 de agosto de 1997.
 
     Mestre Waldemar - Waldemar Rodrigues da Paixão
Mestre de capoeira baiano (Ilha de Maré, Bahia 1916 - Salvador, Bahia 1990), também conhecido como Waldemar da Liberdade ou Waldemar do Pero Vaz, dos nomes do bairro e da rua onde implantou sua capoeira. A fama de Waldemar como capoeirista e mestre de capoeira aparece nos anos 1940. Ele implanta um barracão na invasão do Corta-Braço, futuro bairro da Liberdade, onde joga-se capoeira todos os domingos, também ensinando na Rampa do Mercado na Cidade Baixa. Fica conhecida a diversidade dos jogos que ele pratica, dos mais lentos aos mais combativos, com afirmada preferência para os primeiros.
 
          Mestre Traira - José Ramos Do Nascimento
Capoeira de fama na Bahia, marcou época e ganhou notabilidade ímpar na arte das Rasteiras e Cabeçadas. No disco fonográfico, produzido pela Editora Xauã, intitulado "Capoeira" - hoje uma das raridades mais preciosas para os estudiosos e adeptos desta Arte - tem presença marcante envolvendo a todos os ouvites. Sobre a beleza e periculosidade do seu jogo, assim se referiu Jorge Amado: "Traíra, um cabloco seco e de pouco falar, feito de músculos, grande mestre de capoeira.
Vê-lo brincar é um verdadeiro prazer estético. Parece bailarino e só mesmo Pastinha pode competir com ele na beleza dos movimentos, na agilidade, na rigidez dos golpes. Quando Traíra não se encontrana Escola de Waldemar, está ali por perto, na Escola de Sete Molas, também na Liberdade". Mestre Traíra também teve importante participação no filme "Vadiação", de Alexandre Robatto Filho, produzido em 1954, junto aos outros grandes capoeiristas baianos como Curió, Nagé, Bimba, Waldemar, Caiçara, Crispim e outros."
 
 
    Mestre  Canjiquinha – Washington Bruno da Silva
Nasceu em 25 / 11 / 1925 e viveu até 08 / 11 / 1994, filho de José Bruno da Silva um grande alfaiate e de Amália Maria da Conceição uma lavadeira. Seu primeiro contato com a capoeira foi num local conhecido como banheiro de seu Otaviano na frente de uma quitanda no Matatu Pequeno, Brotas na Baixa do Tubo. Num dia de domingo em 1935 um cidadão chamado Antonio Raimundo (Mestre Aberre) convidou Canjiquinha a participar da brincadeira que ali rolava, e a partir da agilidade demonstrada por Canjiquinha mestre Aberre decidiu treiná-lo. Passou 8 anos aprendendo, quando seu mestre disse: - Meu filho você corre este lugar aí, o que você ver de bom você pega e de ruim você deixa pra lá.

Na opinião de Mestre Canjiquinha a capoeira não existe divisão entre angola e regional, ele dizia que ele era capoeira e obedecia ao toque, se tocar maneiro jogo amarrado, se tocar apressado você apressa.
Mestre Canjiquinha dono de um repertório inesgotável de músicas e improvisos, tendo uma grande facilidade de comunicação com o publico, acho que devido a essas foi convidado a participar de alguns filmes como: O Pagador de Promessas, Operação Tumulto, Capitães de Areia entre outros, alem de algumas fotonovelas com Silvio César e Leni Lyra. Teve como alunos alguns até renomados a mestre: Antonio Diabo, Burro Inchado, Madame Geni, Victor Careca, Robertão, Manoel Pé de Bode, Paulo dos Anjos, Brasília, Lua Rasta, Cristo Seco entre outros mais.
.
 
      Mestre João Grande - João Oliveira dos Santos
Um dos maiores mestres da Capoeira, vive atualmente em Nova York, onde ensina a sua arte e transformou seu destino, tendo recebido um título de doutor honoris causa, em reconhecimento pela sabedoria e riqueza de seu trabalho. Waldeloir Rego sobre ele escreveu, em 1969: "é dentre todos os grandes capoeiristas jovens o que mais truques de ataque e de defesa conhece, contribuindo para isso a flexibilidade fora do comum de seu corpo, tornando-o o mais ágil de todos os capoeiras da Bahia. Quando em pleno jogo é um grande bailarino. Canjiquinha (...) saiu com um tipo de frase muito sua, de que: - 'Foi Deus quem mandou João Grande jogar capoeira'." Foi discípulo de mestre Cobrinha Verde. Integrou também a delegação brasileira no Premier Festival International des Arts Nègres, em Dakar (Senegal).
 
 
      Mestre João Pequeno - João Pereira dos Santos
Aluno de mestre Gilvenson e depois discípulo de Mestre Pastinha, de quem se tornou continuador. Integrou em 1966 a delegação brasileira no Premier Festival des Arts Nègres, em Dakar (Senegal).Hoje, aos 80 anos, ainda mantém Academia de Capoeira, no Forte Santo Antônio (centro histórico de Salvador). Em 1970, Mestre Pastinha assim se manifestou sobre ele e seu companheiro João Grande: "Eles serão os grandes capoeiras do futuro e para isso trabalhei e lutei com eles e por eles. Serão mestres mesmo, não professores de improviso, como existem por aí e que só servem para destruir nossa tradição que é tão bela. A esses rapazes ensinei tudo o que sei, até mesmo o pulo do gato".
 
 

            Samuel Querido de Deus
Um dos capoeiristas mais falados pelos antigos. Era considerado imbatível nas rodas, temido por todos os capoeiristas. Seu nome não chegou tão famoso aos dias de hoje quanto os de Pastinha ou Bimba, já que esses tinham academias no centro, inovaram a capoeira e fizeram discípulos que divulgaram seus ensinamentos. Mas Querido de Deus também entrou para a história, impressionando o povo da capoeira e intelectuais e estudiosos da nossa arte daquela época (estamos falando das décadas de 30 e 40). Edison Carneiro considerava-o "o melhor capoeirista que já se viu". Antonio Lberac Pires nos mostra um artigo do Jornal "O Estado da Bahia" de 13 fevereiro de 1937, no qual está escrito que no Segundo Congresso Afro-Brasileiro, realizado em Salvador, quem comandou a apresentação de capoeira foi Querido-de-Deus, "considerado pelos outros capoeiristas como o melhor entre eles". E também, é claro, ele é citado no essencial livro "Capoeira Angola", de Waldeloir Rêgo.
 
 
          Mestre Leopoldina - Demerval Lopes de Lacerda
Demerval Lopes de Lacerda, conhecido como Mestre Leopoldina, nasceu em 12 de fevereiro de 1933. Começou a aprender capoeira aos 18 anos, com o Quinzinho, um jovem malandro carioca, valente, temido e respeitado na região da Central do Brasil (RJ). Um ano depois, Quinzinho foi preso e assassinado na prisão. Leopoldina sumiu por uns tempos, e treinava sozinho, até que soube que Valdemar Santana, lutador bastante conhecido na época, trouxera da Bahia um capoeirista de nome Artur Emídio. Leopoldina foi apresentado a Artur, que o convidou para jogar. "Fui lá, meio envergonhado, e fiz aquilo que o finado Quinzinho tinha me ensinado.


No começo a coisa correu bem, mas aos poucos Artur começou a crescer, e era pernada por tudo que era lado, e percebi que ele era mais fera ainda que o Quinzinho". Foi assim que Leopoldina, aprendiz da capoeira carioca, foi apresentado à capoeira baiana. Leopoldina continuou aprendendo com Mestre Artur Emídio, e hoje é Mestre consagrado, muito respeitado, tanto por seu jogo quanto pela habilidade com o berimbau, e por suas composições, admiradas e cantadas em todo o Brasil. É uma das maiores expressões da capoeira antiga, cheia de malandragem e mandinga. É dono de uma simpatia e um carisma enormes, e já cunhou frases pitorescas do repertório da capoeira, como esta, que nos foi revelada uma vez em Guaratinguetá: "a capoeira é a maçonaria da malandragem!".
Em 2007 foi lançado o documentário “Mestre Leopoldina: A Fina Flor da Malandragem”, com depoimentos do próprio Mestre.
Faleceu em 17 de outubro de 2007 em São José dos Campos/SP, deixando muita tristeza e saudade nos corações de todos os capoeiristas. 

segunda-feira, 11 de junho de 2012


A música é um dos instrumentos de preservação da memória,transmitindo as tradições de diferentes épocas do passado daCapoeira. O canto às vezes exprime tristeza pela ausência de umcamarada que já morreu, encerrando ainda uma advertência ouobservação, um exemplo prático, uma lição para a vida. Ao encerrara ladainha é iniciado pelo solista um refrão, sinal para a entrada docoro formado pelos capoeiras.À medida em que o jogo tenha seu desenvolvimento, as cantigas irãoacompanhar e descrever - numa linguagem peculiar - as situaçõesque acontecem na roda, quando não ocorre do canto determinar, deforma sutil, o desenvolvimento das ações.A poesia pode significar uma provocação a alguém ou umabrincadeira com qualquer dos capoeiras; pode traduzir umaadvertência à forma muita das vezes perigosa em que transcorre o jogo; pode ser ainda a reverência a um orixá. De qualquer forma, ascantigas trazem uma característica comum - a linguagem figurada ede compreensão restrita aos jogadores.A sonoridade vibrante dos berimbaus é magnética. Agora tocam aIúna. Dizem os antigos que neste toque ressoa o canto da aveInhuma (ou Anhuma) e conta a lenda que ela é portadora de umaforça mágica. Encantada, dos seus pios de desprende a magia dosdeuses... Ouçamos o toque. Num dado momento se destacam os sonsagudos de um berimbau para no instante seguinte seremsuplantados por outro, que vibra com profunda gravidade. É odiálogo das Iúnas. Como se dois seres mitológicos, tomados deprofunda paixão, tornassem audível seu canto de amor.


A Música na Capoeira é tão importante quanto o próprio jogo da Capoeira
Ladainha- Cântico que é entoado na Roda de Capoeira, tradicionalmente na capoeira Angola, que , seguido a tradição, deve ser cantada por um Mestre - o mais velho e/ou mais considerado -, ou, com a autorização do Mestre da Roda , por um dos Capoeiristas que vão "fazer um jogo", ao "pé do Berimbau". As Ladainhas trazem em seu bojo a história da Capoeira e de seus grandes personagens , concepções de mundo, orientações a algum aprendiz etc. Segundo os "Velhos Mestres" da Bahia, enquanto a Ladainha está sendo cantada, não se realiza nenhum "jogo físico", é necessário aproveitar o momento para dedicar-se à concentração máxima, tendo em vista o correto entendimento da(s) mensagem(ns) que nela está(estão) contida(s).

Yê !


Yê !
São quatro coisa no mundo
que ao homem consome
uma casa pingando
um cavalo chotão
uma mulher ciumenta
um menino chorão
Tudo isso ele dá um jeito
a casa ele retelha
o cavalo negoceia
o menino acalenta
mulher ciumenta
cai na peia
Yê viva a Bahia
Yê viva a Bahia camarado
Yê !

Lá no céu tem três estrelas
todas as três em carririnha
uma é minha a outra é sua
a outra vai ficar sózinha
Camaradinho
Yê Viva meu Mestre
Yê viva meu Mestre camarado
Yê !

Bahia minha Bahia
capital do Salvador
quem não conhece esta capoeira
não lhe dá o seu valor
todos podem aprender
General e também quem é Doutor
quem desejar aprender
venha a Salvador
procure Pastinha
ele é professor
Camaradinho
Yê viva meu Deus
Yê viva meu Deus camarado
Yê !

Menino quem te matou ?
foi a língua meu senhor
eu te dava conselho
pensava ser ruim
e eu sempre te dizendo
inveja matou Caim.
Camaradinho
Yê viva a Bahia
Yê viva a Bahia camarado

Hê...cicade de Assunção
capital do Itamaraty
é engano das nações
das sepulturas do Brasil
Pastinha já foi a África
pra mostrar a capoeira do Brasil
Camaradinho
Yê viva Pastinha
Yê viva Pastinha camarado

A Bahia é terra boa
tem de tudo pra se ver
tem gostoso acarajé
tem abará e tem dendê
e tem a capoeira angola
para nós nos defender
Camaradinho
Yê Viva a capoeira
Yê viva a capoeira camarado

domingo, 3 de junho de 2012

jaelson k - 2 de jun - Pública
Atualização sobre mim
Não preciso ter ambições. Só tem uma coisa que eu quero muito: que a humanidade viva unida... negros e brancos todos juntos.

"O berimbau é alma da
capoeira".

"Capoeira
é um diálogo de corpos, eu venço quando o meu parceiro não
tem mais respostas para as minhas perguntas"

Lutei pela vida,

mas não soube lidar

capoeira da estrada

no chão do meu ser...

Ter um bom karatê

não me trouxe medalhas

nem me fez faixa preta

de caráter.

bem vindos.

espero mostra ,e passar adiante tudo aquilo que me foi pasado,pelo mestre tião não só na capoeira mas da vida,como amigo das horas boas e também ruins pricipalmente.

fostos da assassoação de capoeira velha senzala.
prof: arisco

batizado de capoeira na bahia

batizado de capoeira na bahia
professor arisco na meia lua .